Sábado, 9 de fevereiro de 2013. 23 horas e 54 minutos. A única coisa que vou pular nesse carnaval são os anúncios do YouTube.
Dia 31 de janeiro fiz a segunda maior viagem da minha vida
(a primeira foi até o óvulo de minha mãe). Fui para Londres e depois fui para
Paris. Sabem como é né, alguns sacrifícios que temos de fazer por fazer
intercâmbio na Europa...
Aaaah Londres... Aquela cidadezinha inglesa conhecida por
seus grandes monumentos, pelos Beatles, por ser sede da monarquia inglesa e por
ser o centro da maior merda que o ser humano já fez depois da invenção das
blusas de memes: a revolução industrial. Também é conhecida por seus simpáticos
policiais, os quais adoram passar o tempo atirando em brasileiros.
Atualmente, Londres é o maior centro financeiro do mundo e
também o local que têm mais asiáticos (em segundo lugar vem a Rua 25 de Março e
em terceiro a China). Engana-se quem acha que a língua mais falada lá é o
inglês. Em primeiro lugar é o mandarim (pela grande quantidade de asiáticos já
mencionados) e em segundo é a mímica (devido a grande quantidade de brasileiros
que não sabem falar inglês).
Chegamos ao albergue em Londres 3h da manhã. Eu estava
podre, então as camas do quarto pareciam o melhor lugar do mundo. Pela manhã,
quando acordei, percebi onde realmente
estava...
Estávamos em 8 pessoas em um local onde só sobreviveriam 2 e
dividindo um banheiro onde só sobreviveriam 3 ratos. O chuveiro tinha duas
temperaturas: inferno e Antártida. O café da manhã era uma delícia (só que
não). O café era tão ruim que na embalagem estava escrito: “Consumir até outubro de 2013 ou até não aguentar mais tomar essa coisa ruim”.
Mas aaah, estava em Londres! Não tem muito o que dizer, era
Londres...
No primeiro dia fomos ao Museu Madame Tussauds, o mais
famoso museu de cera do mundo. A entrada lá era muito cara, 30 euros. Mas no
fim acabou saindo barato, pegamos o pack “Museu de cera + Londo Eye” e saiu por
34,50. Lá, algumas pseudocelebridades tiveram a honra de tirar fotos comigo...
Eu e a mulher invisível.
Se não fosse eu nesse paíszinho tsc tsc tsc |
Meu avô se chama Verine. Chamo ele de Vô Verine. |
Elementar.... |
No outro dia decidimos ir visitar os “clichês” londrinos.
Primeiro passamos pelo Green Park. Como estamos no auge do inverno, a única
coisa verde que tinha lá eram os cigarrinhos de maconha que alguns mendigos
usavam...
Então fomos até o Palácio de Buckingham, residência oficial
da monarquia inglesa. A Rainha Elizabeth até me convidou para um almoço “real”
com ela, mas tive que recusar pois estava com pressa...
Ficamos mais de um hora esperando a troca de guarda, aqueles
soldadinhos de cabeça grande que usam um chapéu estranho. Mas nada aconteceu.
Da última vez que fiquei tanto tempo olhando pra um soldado sem nada acontecer
foi na minha dispensa do quartel.
Fomos então em direção ao segundo maio relógio do mundo, vindo logo em seguida ao relógio de pulso do Faustão. O Big Ben, ao contrário do que muitos pensam, não é o famoso relógio do Parlamento Britânico, tão pouco a sua torre, muito menos a famosa explosão que deu origem ao Oscar Niemeyer e posteriormente ao Universo. Big Ben é o nome do sino que pesa 13 toneladas e que foi instalado no Palácio de Westminster. Na verdade, o nome do relógio é Tower Clock. Infelizmente, com a invenção do relógio de pulso, a torre perdeu sua utilidade.
O Palácio de Westminster é onde situa-se o Parlamento do
Reino Unido. Ninguém sabe nada sobre ele e o mundo só sabe de sua existência
pelo fato de todos perguntarem: “E como é o nome daquele castelo do lado do Big
Ben?”.
Mais algumas horas de caminhada e chegamos a Tower Bridge, a
segunda mais importante ponte do mundo (a mais importante é a ponte de safena).
No caminho, um show a parte. A cada 20 metros algum artista de rua fazendo
malabarismo, mágica, tocando violão (tocaram Red Hot) e muitas outras
coisas.
Como não achamos nenhum lugar descente pra comer (tudo era
muito caro. O tradicional “Fish and Chips” inglês não custava menos que 12
euros) fomos ao McDonald’s. Estávamos lá, comendo um McCâncer Feliz quando um
barulho chato tomou conta do lugar. Era o alarme de incêndio. Todos meio
dopados pelo molho do McDonald’s amontoaram-se na porta tentando sair. Apesar
do susto, todos saíram e ninguém se feriu. Imagina só, quase morri! Não por
causa do incêndio, mas por comer no McDonald’s...
Depois voltamos ao Big Ben e fomos a London Eye. A London
Eye (Olhos de Londres em português, grandessíssima roda-gigante gigante em
hebraico) foi inaugurada em 1999 para celebrar a chegada de um novo milênio. O
triste é que nada da London Eye é inglês. As partes da roda foram fabricadas na
Holanda, as cabines são dos Alpes Franceses, as janelas foram produzidas em
Veneza e os parafusos foram comprados na 25 de março.
Subimos a noite para podermos ver Londres iluminada. Era
tipo Londres de dia, só que de noite...
Depois fomos até Abbey Road, a famosa rua dos Beatles. Total
decepção! É uma rua qualquer... Aliás, esse é o problema, é uma rua qualquer e
muito movimentada. Passam carros toda hora e eles não param para que os
turistas possam tirar a famosa foto imitando o álbum que leva o nome da rua. No
fim, a foto saiu uma porcaria...
Por último, fomos até o Museu de História Natural de
Londres. Como todo e qualquer museu de história natural, é legal apenas nos
primeiros 40 minutos quando você vê dinossauros enormes para todos os lados.
Depois, torna-se um Museu como qualquer outro... Apenas um MusZzzzzzzzzzzzzz...
Foi isso que fiz em Londres, foi isso que vivi em Londres. O
único defeito de Londres é que ela é perfeita. Aliás, Londres deveria deixar de
ser apenas o nome de uma cidade e virar um adjetivo, sinônimo de perfeição.
Assim, uma frase define Londres: Londres é Londres!
Câmbio, desligo.
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